Aliel condena má gestão das finanças na Prefeitura de PG
Publicado: 29/02/2016, 09:52

Em artigo para o Jornal da Manhã, o deputado federal Aliel Machado (Rede) criticou medidas da istração do município de Ponta Grossa. Ele comenta sobre o aumento do IPTU, falta de planejamento, a discussão sobre a renovação do contrato com a Sanepar, dentre outros assuntos.
Confira o artigo na íntegra:
A responsabilidade na istração pública
Ao fazer uma análise de algumas medidas tomadas pela atual istração municipal de Ponta Grossa, temos a clara sensação de que já vimos esse filme. E o roteiro, de mau gosto, só prejudica a população. O mesmo discurso maquiado, vendido por marqueteiros nas eleições presidenciais e pelo o governo do estado nas últimas eleições, parece estar se repetindo também por aqui. Da boca pra fora se busca o convencimento de que tudo vai bem. Porém, na prática, a realidade é bem diferente.
Na esfera federal e estadual o que se viu foi o aumento de impostos, de tarifas e o crescimento do desemprego. E aqui, o que mais virá? Desde o início dessa gestão, quando se aumentou significativamente o IPTU e a taxa do lixo – os quais refutei frontalmente à época - a falta de planejamento parece assombrar o palácio da ronda e seus ocupantes. A nomeação de quase 100 cargos comissionados logo no início do mandato foi uma medida equivocada a qual pagamos um alto preço até hoje. Nem mesmo o aumento do ree do IPVA, incluído no tarifaço de 40% no ano ado, parece tapar o buraco feito pela incompetência istrativa municipal. Exemplo disso é a recentemente negociação com um banco estatal para vender a folha de pagamento dos servidores da prefeitura. O acordo, feito de forma antecipada no fim do ano ado, levou o município a pagar uma multa pela rescisão do atual contrato para somente em seguida poder o novo, com o objetivo de fazer caixa urgente, mas em situação menos favorável do que se fosse feito no momento certo. Vendeu-se o almoço para pagar a janta.
Outro caso amplamente divulgado pela mídia é a forma apressada com que vem se discutindo a renovação do contrato com a Sanepar, que ainda tem vigência por mais 10 anos, por até 60 anos. Ao apagar das luzes de um governo pouco afeito ao planejamento, a renovação desse contrato, nos moldes como o que está se propondo, é mais uma afronta ao modelo de gestão que Ponta Grossa precisa e merece. Agora também se propõe, através de um projeto encaminhado à Câmara, apoderar-se dos depósitos judiciais de forma antecipada, antes mesmo do julgamento das ações. Mais uma irresponsabilidade que coloca as finanças em situação preocupante. Além da divulgação do estouro do limite prudencial - reflexo também daqueles 100 cargos comissionados -, feita pela prefeitura na última semana, que revela que o executivo está em xeque com relação a investimentos e outras necessidades urgentes.
Esses e outros exemplos nos dão uma dimensão da falta de capacidade e compromisso dessa istração para com o dinheiro público e nos fazem refletir sobre o que está em jogo neste momento na cidade. É preciso uma discussão com a sociedade em torno do desenvolvimento para as próximas décadas. Uma cidade, com a grandeza e a importância da nossa princesa dos Campos, não pode ficar à mercê de projetos meramente eleitorais. Ponta Grossa precisa de um planejamento responsável, que contemple a sua capacidade natural para o crescimento, mas visando o desenvolvimento sustentável também a longo prazo.